domingo, 31 de maio de 2009

Ser verde


Como espectador televisivo assíduo e estudante de geografia, vivo cercado da moda atual: ser verde. Desde todos os 8472042495 de ISOs (perdoem-me se errei a conta), alarmes sobre aquecimento global, derretimento de calotas, mar em Minas, fora as centenas de vegetarianos chatos e xiitas que tentam me fazer sentir mal cada vez que corto um bife. Empresas, pessoas, televisão, todos tentando passar uma imagem verde, em talvez um dos movimentos mundiais mais hipócritas da história. Me parece óbvio que estamos sujeitos a grandes problemas relacionados ao meio ambiente, mas nada absolutamente apocaliptico. Nada que bom senso e boa vontade não pudessem amenizar.

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Ainda assim, eu nunca conheci alguém que fosse 100% verde, ou pelo menos coerente com o discurso " salve o ambiente" que tanto gritam por aí. Por isso resolvi fazer uma homenagem a essas pessoas que não comem carne e usam sapato de couro, que ojerizam a industria americana mas andam em carros desregulados (soltando uma fumaceira danada), aos que são contra o eucalypto mas adoram um churrasquinho (carvão e palito feitos da árore), e a todos os outros wanna be greens irritantes e paradoxais.
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É possível que você já tenha ouvido uma história como essa, ou passado por isso. Seria mais bacana se me deixassem viver minha vida de poluídor por aí (como todo ser urbano). Mas daí sou obrigado a ouvir " a culpa é sua".
Mas sério, todos falam mas ninguém sabe realmente o que está acontecendo. Ano passado fui em um monte de palestras, e as opiniões se dividiam: uns dizendo que a culpa era minha (nossa, qual seja), outro que isso era um fenômeno natural (estamos em um período periglacial). E quem estava dizendo e discordando são as MAIORES (com letra maiúscula mesmo) autoridades no assunto aqui no Brasil.



Essa discussão te importa? Veio ao lugar errado. Acho irritante modismos, ainda mais aqueles que, como esse, ajudam a enriquecer muita gente. Já ouviu falar em selo verde? Foi super bem recebido pelos empresários. Pois é, como uma coisa que parece absolutamente bacana para o ambiente (e obviamente cara) pôde ser bem recebida no meio empresarial. Fácil: eles se adequam a algumas regras, colocam um "selo verde" no produto, cobram 4x mais caro por ele e você, caro consumidor, prefere comprá-lo só por causa disso. Você deve estar pensando: - "ah, você acha que eu deveria ter comprado o mais barato e poluídor, pequeno facista?" eu te respondo: NÃO! Porque penso que todos os produtos deveriam ser verdes, independente de selo ou não selo. Afinal, os empresários também moram nesse planeta, seus filhos, etc., e até colonizarem a lua, vamos continuar aqui. O que pra eles é oportunidade de bons negócios e pra você é uma chance de salvar o paneta, pra mim não passa de bom senso. As pessoas deveriam ser verdes de graça. Veja quanto dinheiro o alarme do aquecimento global gerou! e ninguém provou isso ainda. Pra mim, já virou uma questão de fé.

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E no fim das contas, quem deve resolver essa parada, essa verdadeira gripe suína que nos faz enormes produtores de lixo?? O governo? Deus? Não. Acho que podemos começar em casa - sem sugerir que você pare de comerer carne, particularmente, não pretendo parar - usando detergentes menos poluentes, reciclando produtos, inclusive o óleo de cozinha, tomando banhos menos demorados, preferindo combustíveis menos poluentes, enfim, tudo que você aprendeu na pré-escola e não pratica.

Não é necessário virar um chato. Basta cuidar do seu próprio lixo, em casa, no trabalho, na escola, e, as vezes, recomendando ao suíno coleguinha que utilize bem a lixeira, etc.

O que isso tem a ver com a Dona Dequinha? Nada e tudo. Aproveitei um espaço para um pequeno desabafo. Um abraço,

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